DEVEMOS SEMPRE PERDOAR OS COBARDES, MAS NUNCA SER COMO ELES (2020)

Tiago Vieira (2018-2021)

DEVEMOS SEMPRE PERDOAR OS COBARDES, MAS NUNCA SER COMO ELES é um espetáculo que se baseia na ideia de Manifesto, como expressão de identidade, espaço poético alimentado por um desejo de liberdade. O Amor como gesto absoluto de revolução em tempos de Guerra.
DEVEMOS SEMPRE PERDOAR OS COBARDES, MAS NUNCA SER COMO ELES é a primeira parte de um tríptico sobre as memórias da Segunda Guerra Mundial e uma reflexão sobre o desejo que associo violentamente ao Amor. O Amor enquanto real gesto de destruição, o único necessário, a destruição de todos os sistemas de opressão.  DEVEMOS SEMPRE PERDOAR OS COBARDES, MAS NUNCA SER COMO ELES é um espetáculo que se baseia na ideia de manifesto. Um manifesto é uma ação, uma atitude perante o mundo, um corte com o que incomoda, uma possibilidade de visão, um discurso pessoal que procura atingir o coletivo. Um manifesto é um movimento que procura uma revisão da ordem do mundo, é a materialização de um desejo superior de estabelecer um encontro. Um manifesto ultrapassa a ideologia, aproxima-se mais de uma ação existencialista. Neste espetáculo, constituído por 7 manifestos e algumas zonas de ruído, restos, vestígios de outros possíveis manifestos, procuro uma paisagem cénica de elogio ao caos, aos corpos marginais, uma espécie de carnaval melancólico, sem heróis, onde o mito de Penélope surge desfigurado, próximo de um estado em que a exaustão da espera originou uma versão apocalíptica de uma danse macabre ou uma Sagração da Primavera a ruir. Depois de um exílio entre Bruxelas e Berlin ofereço na minha chegada flores do mal, Zaratustras em êxtase.

Encenação, texto , coreografia, dramaturgia, cenografia, figurinos e interpretação: Tiago Vieira
Interpretação:  Hugo Teles, Marta Rijo, Izabel Nejur, Patrícia Andrade, Teresa Machado, Marta Caeiro, Tiago Vieira
Produção: ORG.I.A
Apoio: Self-Mistake/Produções Independentes, Fundação Calouste Gulbenkian.
[PI] Produções Independentes é uma estrutura apoiada pela República Portuguesa – Ministério da Cultura / Direção-Geral das Artes.
ORG.I.A é apoiada pela Câmara Municipal de Lisboa

 

Alípio Padilha